Quem é você no meio desse barulho que te ensurdece ?
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Quem é você no meio desse barulho que te ensurdece ?

Atualizado: 9 de out. de 2022




Em um mundo barulhento e agitado, onde a cada dia mais e mais pessoas falam sobre tudo e sobre todos, onde há uma corrida constante em estar presente, ver e consumir tudo, estar online, publicar, minha pergunta é:


Quem é você no meio desse barulho que te ensurdece ?


O que você escuta quando não há ninguém pra te ouvir ?


É impossível conhecer outra pessoa intimamente sem dedicar tempo para ficar junto dela, o mesmo acontece conosco. E somente no silêncio ouvimos os murmúrios de nossa baixeza, mergulhamos no mistério do “eu”verdadeiro, vamos em busca do nosso anseio por saber quem somos de fato.


Não estou falando de isolamento físico; mas sim estar a só com sua mente, conhecer, buscar o transcendente e desenvolver a consciência de sua identidade.


O silêncio não é simplesmente a ausência de barulho nem a interrupção da comunicação com o mundo exterior, mas um processo em busca da tranquilidade.


É bem parecido com a história do executivo falido que procurou um sacerdote que vivia no deserto e se queixou de sua frustração, da imperfeição de sua virtude e do fraudado de seus relacionamentos.


O ermitão escutou atentamente a descrição que o visitante fez de suas lutas e decepções na tentativa de levar uma vida digna. Em seguida, foi até o fundo de sua caverna e saiu de lá com uma bacia e um jarro de água.


Agora, observe a água enquanto a derramo na bacia”, ele disse. A água espalhou-se pelo fundo e pelas laterais do recipiente. Estava agitada e turbulenta. No início, a água formou um redemoinho em torno da parte interna da bacia. Depois, aos poucos, começou a se acalmar até que, no fim, as pequenas e rápidas oscilações se tornaram ondas maiores que se moviam para frente e para trás.


Passado um tempo, a superfície se tornou tão lisa que o visitante pôde ver seu rosto refletido na água tranquila. “É isso que acontece quando se vive constantemente entre outras pessoas”, disse o ermitão. “Você não se vê como realmente é por causa de toda aquela confusão e agitação. Deixa de reconhecer a presença do divino em sua vida."


Leva tempo para a água se acalmar. Atingir a tranquilidade interior exige dedicação a si mesmo, espera, busca de consciência.


Em meio ao barulho da vida, ao gritedo ensurdecedor de nossos dias, esforce-se em estar mais com você mesmo.


Quanto mais barulho e agitação, mais a gente foge de si mesmo, fugimos da realidade, desperdiçamos tempo e adiamos as mudanças. Só se muda a realidade mergulhando nela.


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