Muito se fala sobre grandes nomes da história - aqueles que são considerados naturalmente gênios, talentosos - sobre a maneira como se desenvolveram, imaginando a forma como eles, em função do seu talento, contornaram alguma fase de aprendizagem, ou seja, abreviaram o tempo em muito por causa de um suposto brilho inato.
Bem, vamos olhar para dois exemplos, Mozart e Einstein.
No caso de Mozart, estudos avançados de críticos musicais já mostraram que ele não compôs nenhuma musica original importante até bem depois de 10 anos de prática. Aliás, há um estudo com cerca de 70 compositores clássicos concluindo que, com apenas três exceções, todos precisaram de pelo menos 10 anos para produzir sua primeira grande obra, e as exceções as criaram em aproximadamente 9 anos.
Einstein começou seus experimentos sérios aos 16 anos, mas somente 10 anos depois produziu sua primeira teoria da relatividade. Pensemos no tempo que ele passou cultivando essas habilidades e teorias.
O que de fato distingue Mozart e Einstein de qualquer outro é a pouca idade com que começaram, e principalmente, a intensidade com que praticaram, uma imersão total no tema a que se dedicavam.
Enfim, a verdade é que não há atalhos nem meios para contornar as fases de aprendizagem.
É da natureza do cérebro humano exigir uma exposição prolongada a determinada área ou atividade, é isso que possibilita que habilidades complexas se incorporem profundamente.
Não há desvio no processo. O desejo de encontrar atalhos é o que te tira do caminho e te torna inapto para avançar.
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